I Gotta Go My Own Way II
Por Rach
Betada por Little Lis
Resvisada por kaah.jones


Já tinha se passado um ano desde que e se separaram. No começo foi difícil, a adaptação de morar sozinho de novo e, claro, a saudade um do outro, mas conforme o tempo passava, as feridas cicatrizavam e a dor diminuía.
Logo depois que saiu do apartamento que dividia com , ela foi para o apartamento de sua melhor amiga chorar as mágoas, na esperança de que tudo não passasse de um pesadelo... a recebeu super bem e chegou a morar lá por um mês, mas como sempre fora inteligentíssima e esforçada, conseguiu um emprego como fotógrafa de uma empresa londrina de máxima importância e mudou para sua própria casa.
ficou arrasado, tentou ligar para inúmeras vezes, mas seu celular só dava fora de serviço ou caixa postal; foi à casa de tentar achar , mas a resposta era sempre a mesma: “Não , ela não está aqui”, com o mesmo tom frio e seco que sempre usava. A desdenhada “bandinha” de tinha subido nas paradas e estava prestes a gravar o primeiro CD, que tinha tudo para ser um sucesso tremendo.
- , queridinha! Surgiu uma coisa U-R-G-E-N-T-E aqui e a gente precisa de você aqui, no estúdio, agora! - era Todd, seu assistente, com outro trabalho para ela.
- Todd, tem mais três fotógrafos aí, não dá para pedir pra eles fazerem o serviço, eu estou morrendo de cansaço – atendeu o telefone sem vontade, tinha acabado de acordar e a noite inteira fora passada em claro.
- Eu te arranho se você não chegar aqui em vinte minutos, e olha que eu não faço a minha unha há duas semanas, hein?
- Tá bom, Todd. Me dá meia hora e...
- NÃO, NÃO! – ela afastou o telefone da orelha com os gritinhos histéricos de Todd do outro lado da linha. – Presta atenção, – ele abaixou o tom de voz de “estou ficando surda” para “quase inaudível”. – Isso aqui é uma oportunidade que só acontece uma vez na vida. Vem aqui agora, tá bom?
resmungou qualquer coisa como “Já vou” e foi se trocar.
O que poderia ser tão importante assim para acordá-la às 09h30min da manhã em pleno dia de folga dela? pegou a primeira roupa que achou, passou qualquer maquiagem e foi direto ao lugar que Todd a tinha explicado.
- Então, os senhores estão satisfeitos? Não querem mais nada? Uma água, cafézinho... – Todd não parava quieto de tamanha excitação.
- Não, a gente tá bem, obrigado... – um dos homens se levantou e sorriu simpático.
- Todd? Ahn, Todd, né?
- Sim, senhor – ele não se continha de felicidade.
- É, então... A fotógrafa vai demorar muito? – outro homem, mais baixo que esse primeiro, comentou, impaciente.
- TODD! Eu te procurei por esse prédio inteiro! Pronto, to aqui agora qual é o... – chegou apressada gritando por seu assistente, até que finalmente prestou atenção que seus clientes já estavam a aguardando na sala e não foi só isso que ela prestou atenção; eram quatro rapazes que ela tinha certeza de que conhecia muito bem, principalmente um deles. -...?
Sim, era ele, o seu ex-namorado que ela não via há exatamente um ano. Não tinha mudado quase nada, continuava com a mesma cara de criança feliz misturado com um olhar que deixava qualquer uma nocauteada, bem do jeito que sempre amou.
- ? – não sabia como se portar, a expressão dele era de alegria misturada com surpresa.
Era ela, a mulher que o fez sofrer por meses, que o fez perder noção do que fazia, e ela estava parada ali na frente dele depois de um ano. tinha mudado muito depois da separação e pôde notar isso. Antes tinha cabelos compridos, lisos na raiz e conforme ia chegando às pontas formava ondas, nunca usava maquiagem forte, apenas um leve lápis no olho e um gloss fraco, seu estilo de se vestir nunca fora ousado, ela era na dela. Agora ela tinha mudado, os cabelos batiam no fim do pescoço, eram repicados e lisos com uma franja que cobria metade da sua testa e seu olho esquerdo, usava agora lápis forte nos dois olhos, embora só um estivesse à mostra, assim como delineador, fazendo os olhos de terem uma expressão de segurança e autoconfiança, nos seus lábios passava um batom mais escuro, mas sem abrir mão de seu gloss. O estilo de roupa não tinha mudado muito, ela não gostava de exageros e não gostaria de ser tida como vagabunda, mas ele não podia negar que os decotes tinham aumentado assim como os saltos, e o cós de suas calças jeans tinham abaixado.
- Oh! Que bom, vocês já se conhecem! Agora vamos logo que eles já estão esperando aqui há meia horinha! – Todd se pronunciou, tentando apressar as coisas, mas ambos estavam hipnotizados olhando um pro outro. Como eles tinham mudado... ou até como não tinham mudado. – ? – Todd beliscou a garota, que saiu do transe.
- AH! Claro, claro! Ahn... Meninos por favor, a primeira sala à direita. Todos os equipamentos já estão posicionados, sintam-se à vontade para pedir qualquer coisa que os falte – saiu andando da sala mostrando para os meninos o caminho.
- Amorzinho, tá tudo bem com você? – Todd falou de um modo que só pudesse escutar, e ela assentiu com a cabeça.
- ENTÃO, qual é o tema do álbum? – ela pegou a câmera e tentou ser simpática com os meninos, forçando um sorriso.
ainda não tinha saído do transe, ele a encarava a cada minuto que passava. Não podia acreditar como ela estava linda, não podia acreditar que ela simplesmente estava lá!
- O álbum se chama Room on the third floor, mas a gente tava pensando em nada relacionado ao título, algo mais... – procurava palavras. - ...Excêntrico.
- Oh... – não tinha a mínima idéia de como fazer aquilo. Meu Deus! Ela tinha acabado de acordar, tinha acabado de reencontrar seu ex e ainda tinha que ficar com um quebra-cabeça daqueles!
- Talvez eu tenha uma idéia... – se pronunciou pela primeira vez, mas sem desgrudar os olhos de . - Pode contar da experiência que nós tivemos para gravar esse disco, talvez a gente tenha que transferir as emoções das músicas que escrevemos para a capa.
- E quais são as músicas em que vocês querem se inspirar? – perguntou, olhando para os outros três integrantes e todos, por sua vez, olharam para .
- Get Over You, She Left Me, Hypnotised talvez até Unsaid Things – ele olhava fixamente para , não queria perder aquela visão.
- Ok! Então cantem um pedaço de cada uma que eu vou tentar ajudar com a capa – ia começar a cantar um trecho das músicas, mas se antecipou.
- Now and then she looks in my direction, I’m hoping for a sign of her affection, but she’s in denial and she’s got some worries today, but I think if she'd give me a chance I'll pleasantly surprise, but help me babe I gotta get over you... - no último verso, não cantava mais, apenas falava olhando para .
- Tem também a She Left Me que o refrão é assim: Since she left me, she told me don’t worry, you’ll be ok, you don’t need me, believe me, you’ll be fine and I knew what she meant and that was not what she said and now I just can’t move on.
não percebeu a intenção de de cantar diretamente para , para ela saber que todas aquelas músicas foram feitas para ela, e cantou um pedaço de She Left Me recebendo um olhar repreensivo de e .
- MEU DEUS! – Todd gritou do lado de e todos olharam para ele. – MENINOS, VÃO COMER ALGUMA COISA! - Todd puxou para um canto e sussurrou. – É ele? O fudido que te fez sofrer há tanto tempo atrás e que você se recusa a falar o nome? É o ? – Todd falava com empolgação e olhava para ele, querendo rir.
- Sim, é ele, mas parece que ele não seguiu em frente que nem eu, sabe? Eu já o esqueci há muito tempo – arrumou o cabelo e Todd olhou para ela como quem quer saber mais. – Tá bom, talvez eu tenha algumas saudades de vez em quando, mas não passa disso.
- Entendi a mensagem, remarco a sessão de fotos para daqui uma semana?
- Sim, por favor, Todd! – o seu assistente a conhecia bem demais, sabia o que ela queria dizer em cada frase, ele saiu de perto e falou para os meninos para remarcarem porque a máquina tinha quebrado e não tinha nenhuma reserva funcionando. agradeceu mentalmente e foi tomar um copo de água.
- Parece que a separação fez bem para você, não? – ela engasgou com um pouco de água que tomava, era ele.
- , oi! Ahn, bem eu não posso dizer, mas eu amadureci, mudei, sabe como são as coisas... – ela falou meio sem graça, deixando o copo de água em uma mesa por perto e colocando as mãos nos bolsos.
- Somos dois então – ele sorriu, forçadamente, devo acrescentar; a vontade de matar as saudades de era forte, mas ele tinha que se controlar. – Escuta, eu não vou fazer nada agora e eu queria saber se você aceita uma xícara de café, pelos velhos tempos.
- Café? – ela o olhou com um olhar debochado. – Você? Wow, você realmente amadureceu – ela sorriu e saiu andando. Tudo o que menos queria era que o antigo sentimento por viesse à tona, mas ele a seguiu.
- Por favor – ele segurou o braço dela e a olhou com aquele olhar, o olhar que desde o momento em que eles se conheceram a amolecera por dentro.
- Acho que um café não vai machucar ninguém, certo? – ela sorriu ainda abobalhada pelo efeito que o olhar dele ainda fazia, e como fazia! Ele abriu caminho e os dois andaram até o carro dele, sem pronunciarem nada. Era uma situação incômoda, a cabeça dos dois estava confusa, mas algo lhes dizia que era o certo a fazer.
- Nossa, o que aconteceu? – ela perguntou preocupada.
Eram onze da manhã e o trânsito estava um caos, coisa que era estranha de acontecer, principalmente naquele horário.
- Provavelmente acidente, ou obras. Estranho... – esgueirou a cabeça para tentar ver o que acontecia, mas os carros eram muitos e parecia que o trânsito continuava a um bom trecho. – O café é longe daqui e o pior é que segue o trânsito – ele bufou. Um sorriso brotou instantaneamente na boca de , ela lembrou de como se estressava com o trânsito e como ele não tinha mudado, ela sentia falta disso. – Que foi? – ele viu a menina sorrindo e estranhou. Quando percebeu, ficou vermelha.
- Nada – ela balançou a cabeça negativamente. – Bem, então acho que devemos deixar esse café para outro dia, certo? – ia abrir a porta do carro quando as mãos dele a impediram.
- NÃO! – ele gritou sem perceber. – Não... Vamos à minha casa, é outro caminho e não é tão longe... Quer dizer, isso se você não se importar, claro.
- Sem problemas – ela sorriu.
Estava em conflito consigo mesma, enquanto a cabeça dizia: SUA TOLA, ESQUECE ELE, VAI PARA CASA, algo dentro dela dizia: Não o deixe ir, não de novo. E ela decidiu contrariar a cabeça. sorriu, um sorriso puro e inocente que sentia falta. Ele virou à esquerda onde não tinha trânsito nenhum, parecia que tinha sido até planejado. O prédio em que ele morava realmente não era longe, em dois minutos, ou até menos, eles chegaram.
- Então... Que fim levou o nosso apartamento? – entrou na casa de e sentou no sofá.
- Vendi... Era difícil ficar lá com todas as nossas lembranças me perseguindo – ele sorriu fracamente. – E você, para onde foi?
- Para a casa da – ela viu a cara que fez, tinha esquecido que ele tinha ido procurá-la lá duzentas vezes. - Mas fiquei só um mês ou menos, depois mudei para outro apartamento.
- Oh! E, tá namorando? – tentou sorrir.
- Não – mentiu, ela estava namorando. Julian era o nome dele. Fazia dois meses que estavam juntos, mas algo a impediu de dizer. – Você? – por algum motivo, torceu para que ele dissesse não.
- Não também – quando ele ouviu que ela não estava namorando, a esperança, um pingo de esperança, se acendeu. – Escuta, eu não tenho café aqui em casa, eu só tenho ahn... – ele ficou meio sem graça.
- Pinga? – ela tentou e ele abaixou a cabeça.
- Parece que eu não mudei tanto assim afinal de contas, huh?
- Eu aceito - ele arregalou os olhos. Será que ela soube de algum jeito do pedido? Será que esse era o sim que ele esperou TANTO para ouvir? – ?
- Aceita?
- Ah, , por favor, você sabe que eu bebo, não faz essa cara – ela brincou, ele entendeu “Oh, ela aceita a pinga, claro”.
sorriu e foi pegar.
- Eu tenho vinho branco, serve? – ele gritou da cozinha.
aceitou e olhou a sua volta. O lugar era uma bagunça, bem . Passou seus olhos ao redor quando uma fotografia chamou sua atenção. Chegou mais perto para ver se realmente era o que estava pensando, o que ela esperava. Sim, era aquela foto dos dois. Aquela mesma foto que ela olhava quando decidiu que partiria; a foto que ele olhava quando ela partiu. Mas, por que ele ainda guardava aquela foto depois de tanto tempo?
– Aqui está o vi...nho – ficou sem graça quando percebeu que ela tinha achado a foto dos dois.
- Você ainda a guarda? – perguntou, transtornada. As lágrimas teimavam em querer vir, mas ela não deixava aparentar.
- Sabe, . Foi difícil para mim, foi difícil deixar você ir e não poder fazer nada. Você marcou minha vida, eu não tinha mais nenhum lugar para me esconder, desde que você rejeitou meu amor, eu tô fora da minha cabeça. , eu ainda te amo.
Ela não se agüentou, foi mais forte que ela. deu um impulso e beijou com todas as suas forças. Um beijo que misturava saudade e paixão; era confuso. Ele se surpreendeu, largou o vinho, que caiu no chão. Não se importava com o vinho, só se importava com ela, não sabia se era sua última chance, ele tinha que fazer o que ficou pendente da última vez. Ele colocou seus braços na cintura dela e puxou seu corpo contra o dele, o beijo ficava cada vez mais intenso, eles se entregavam, passava suas mãos por baixo da blusa de , que não o impedia, era algo que os dois queriam. Ela tirou a blusa de , sem pensar nas conseqüências, ela só o queria e isso era recíproco. Ele, por sua vez, tirou a blusa de , as roupas de ambos estavam jogadas no chão da sala. Peça por peça foi indo para o chão até o momento que não vestiam mais nada, ele deitou-a no sofá e ficou por cima, os corpos tinham a mesma sintonia que eles sempre tiveram, os beijos como sempre eram apaixonados, parecia que nada tinha mudado, absolutamente nada. Não disseram nada, nem no início, no meio ou no fim, palavras não poderiam estragar aquele momento, nada podia.
- ... – eles se encontravam deitados no sofá, e por se tratar de um sofá, eles estavam juntos e apertados.
- Hm?
- No dia que você foi embora, eu... – ia falar do pedido, mas o interrompeu, levou seu dedo à boca dele.
- Não, aquilo passou, , já era. Esquece – ela o olhou dentro dos olhos, iriam partir para outro beijo se o celular de não tivesse tocado. Ela levantou, contra sua vontade e foi ver quem era. Na tela aparecia Julian. Era ele, o namorado dela. Levou a mão à testa, tinha esquecido totalmente dele! Meu Deus, que ser humano horrível ela era! Tinha acabado de trair o seu namorado, porque ela tinha esquecido que ele existia! Perfeito. Sua expressão mudou completamente, de alegria interminável foi para culpa. Decidiu atender:
– Alô? Oi, tudo bem? – sua voz era baixa e desanimada. – Que horas? Tá, tá bom, tô indo. Beijo – ela suspirou e começou a se vestir.
- Aconteceu alguma coisa?
- É do trabalho, surgiu um problema e eu tenho que estar lá – mentiu de novo.
- , sobre o que eu queria te dizer...
- Escuta, eu preciso ir – ela deu um beijo na testa dele e se dirigiu à porta, já vestida. – Então, te vejo por aí?
- É... Até! – ele sorriu fracamente e a porta de novo foi fechada.
Os papéis estavam invertidos, não? Depois ele que abandonava no pós-sexo! Olhou a sua volta e percebeu, percebeu de novo que ele não tinha tido a oportunidade de contar do pedido. E talvez ele tivesse acabado com sua última chance. Mas algo o dizia que eles iriam se ver de novo e que tudo iria sair como planejado. E assim ele teve a certeza de que eles iriam se encontrar novamente e de que ele não iria desperdiçar essa chance. Não de novo.

FIM



N/A: *recebe pedras, tocos e dragões voadores na cabeça*
TÁ, TÁ! Eu sei que vocês gostam de finais felizes e quem pediu a continuação esperava algo legal e feliz, mããããs assim como o Danny (Tom/Dougie/Harry) tiveram a impressão de que eles iriam se ver de novo, eu também tenho essa impressão hein? Fikdik hoho.
MENINES, OBRIGADA POR COMENTAREM NA PARTE UM! EU CHOREI LENDO OS COMMENTS OKS?
E obrigada a Little Lis que betou a GGMOW 1 e tá betando essa também *-* Obrigada amor!
E, vejo vocês daqui a um ano hein? hoho Raach.

Nota da revisora: Heey :) espero que gostem da fiic ;; qualquer errinho já sabem -> /kaah.jones/ xx.

comments powered by Disqus